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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A AIDS na Adolescência

"A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma, o jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer explorar e experimentar tudo a sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades que a juventude enfrenta, principalmente relacionado à sexualidade, bem como ao abuso de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção por HIV, fazendo-se necessário a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na adolescência".

Estudos de vários países tem demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática.

Hoje, as mulheres representam quase metade dos jovens infectados. Entre os pacientes menores de 13 anos com AIDS, a transmissão ocorre em sua maioria através da mãe, no período gestacional. Entre as mulheres maiores de 13 anos predomina a transmissão sexual (metade dos casos), seguida do contágio por uso de drogas injetáveis. Entre os homens a transmissão por via sexual representa mais de 50% dos casos, sendo que a prática homossexual é responsável por cerca de 30% desses casos. O contágio por uso de drogas injetáveis representa cerca de 20% das infecções entre os homens.

Características da Adolescência que Favorecem a Infecção pelo HIV

Existem algumas características comportamentais, socio-econômicas e biológicas que fazem com que os jovens sejam um grupo propenso a infecção pelo HIV. Dentre as características comportamentais, destaca-se a sexualidade entre os adolescentes. A atividade sexual na maioria das vezes se inicia na adolescência, sendo que, cerca de 50% dos jovens norte-americanos já tiveram relações sexuais aos 17 anos e apenas metade desses jovens relata uso de preservativo na última relação. Muitas vezes, a não utilização dos preservativos está relacionada ao abuso de álcool e outras drogas, os quais favorecem a prática do sexo inseguro. Outras vezes os jovens não usam o preservativo em "namoros firmes", justificando que seu uso pode gerar desconfiança em relação à fidelidade do casal. Apesar de que, no mundo hoje, o uso de preservativo nas relações poderia significar uma prova de amor e proteção para com o outro. Observa-se também que muitas jovens abrem mão do preservativo por medo de serem abandonadas ou maltratadas por seus parceiros. Por outro lado, o fato de estar apaixonado faz com que o jovem crie uma imagem falsa de segurança, negando os riscos inerentes ao não uso do preservativo.

Outro fator importante a ser levado em consideração é o grande apelo erótico emitido pelos meios de comunicação, freqüentemente direcionado ao adolescente. A televisão informa e forma opiniões, unificando padrões de comportamento, independente da tradição cultural, colocando o jovem frente a uma educação sexual informal que propaga o sexo como algo não planejado e comum, dizendo que "todo mundo faz sexo, mas poucos adoecem".

Os jovens têm pouco acesso às informações sobre doenças sexualmente transmissíveis e sobre o planejamento familiar. Boa parte dos adolescentes obtém as informações sobre o sexo de colegas e amigos, cujas opiniões, na maioria das vezes, são distorcidas e baseadas em mitos e preconceitos, como, por exemplo, a crença de que o uso do preservativo poderia dificultar a ereção e o desempenho sexual.

Segundo Futterman e col, alguns fatores biológicos contribuem para o aumento da infecção entre as mulheres jovens. Em primeiro lugar elas possuem células imaturas dentro da cavidade vaginal e no colo do útero que não impedem a infecção, como nas mulheres mais velhas. Em segundo lugar, os homens possuem uma grande capacidade de transmitirem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), o que, por sua vez, facilita a infecção pelo HIV. Por fim, as mulheres possuem um grande número de DSTs assintomáticas, o que faz com que grande parte dessas infecções não sejam tratadas e, dessa maneira, aumentam as chances de contrair o HIV.

Curso Natural da AIDS nos Adolescentes

De acordo com Futterman e col, apesar do curso clínico da infecção pelo HIV, para a maioria dos adolescentes, ser igual ao dos adultos, alguns achados podem ser semelhantes à infecção tanto quanto no adulto, quanto na criança. Estudos mostram que a gravidade da doença varia marcadamente de acordo com o tipo de transmissão. Assim sendo, os indivíduos jovens que adquirem o vírus através do contato sexual costumam manter-se assintomáticos por algum tempo, mas possuem o número de linfócitos T CD4 menor que 410/ml (o que representa uma disfunção imunológica moderada). Já os indivíduos que adquirem a doença da mãe apresentam-se assintomáticos por muito tempo e possuem pouca disfunção imunológica. Portanto, os médicos precisam estar atentos ao fato de que, muitas vezes, o diagnóstico de AIDS congênita pode ser feito apenas na adolescência, e que a realização do exame da AIDS deve ser feito também nos filhos adolescentes de mães infectadas, uma vez que a infecção pode ficar latente por muitos anos.

O Cuidado Clínico dos Adolescentes com AIDS

Os adolescentes precisam de atendimento médico orientado para seu grupo e os profissionais de saúde precisam ser preparados para resolver as suas necessidades. A atenção ao adolescente deve ser dada por uma equipe multidisciplinar, incluindo os serviços de saúde mental, o atendimento ginecológico específico para pacientes com AIDS e os programas de prevenção e educação.

Conforme Futterman e col, a privacidade é um aspecto muito importante nas consultas dos adolescentes, pois geralmente estes têm vergonha das mudanças que ocorrem em seu corpo.

Devido à alta incidência de DSTs nesse grupo de pacientes, os testes de detecção dessas doenças devem ser feitos logo no início do diagnóstico da infecção, estes testes incluem o exame preventivo do câncer de colo, exames para detecção da presença de clamídia, gonorréia, sífilis, herpes genital e hepatite B. Outros exames que devem ser feitos incluem a contagem de células CD4, contagem da carga viral, hemograma completo, exames de avaliação hepática, exames de avaliação renal, exame de urina de rotina, exames sorológicos para detecção de toxoplasmose e citomegalovirose, teste de gravidez e, por fim, os exames para detecção de tuberculose.

Os adolescentes devem receber as seguintes vacinas: tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo), dupla para difteria e tétano, hepatite B, Antiinfluenza,
Antipneumococo e anti-haemófilos. A segunda dose da vacina BCG só não deve ser feita em pacientes com sintomas de AIDS.

O Tratamento Específico dos Jovens com AIDS

A dosagem dos anti-retrovirais é baseada no desenvolvimento da puberdade, de acordo com a classificação de Tanner (escala que classifica o desenvolvimento dos adolescentes de acordo com as fases da puberdade), e não pela a idade. Dessa forma as doses pediátricas devem ser usadas nos pacientes com classificação I e II (fase pré-adolescente), as dosagens dos pacientes que se encontram na fase inicial da adolescência (III e IV) devem ser baseada de acordo com o fim ou não da fase do estirão da puberdade (fase de crescimento acelerado que ocorre nas mulheres entre 11 e 12 anos e nos homens entre 13 e 14 anos), por fim os adolescentes que se encontram na fase V devem ser tratados como adultos.

Deve-se dar atenção ao fato de que muitas drogas prescritas para adolescentes (como os anticoncepcionais, o metronidazol, usado para o tratamento de clamídia e tricomonas, e alguns antidepressivos) possuem interações medicamentosas com os anti-retrovirais. No uso dos anti-retrovirais, as doses dessas drogas devem ser ajustadas pelos médicos.

De acordo com Futterman e col, a aderência ao tratamento entre os adolescentes é relativamente baixa, sendo que apenas 56% das mulheres e 65% dos homens (participantes de um estudo para avaliação da aderência ao tratamento em pacientes com infecção pelo HIV) revelaram que faziam uso corretamente dos antiretrovirais. Os principais motivos ligados à baixa adesão ao tratamento são os efeitos colaterais, os inconvenientes gerados pela grande quantidade de comprimidos e o esquecimento.

A Prevenção da AIDS na Adolescência

Atualmente existe uma necessidade urgente de tornar os adolescentes capazes de se protegerem da AIDS e de outras DSTs, e de garantir-lhes o direito a um desenvolvimento sexual seguro e saudável. As iniciativas devem incluir a educação sexual nas escolas, o trabalho de jovens em entidades religiosas e a integração a atividades esportivas.

É preciso que o adolescente seja envolvido ativamente, para assegurar que as atividades sejam relevantes e úteis. É necessário descobrir o que os jovens pensam e quais são as suas necessidades. Os programas a serem desenvolvidos devem ser baseados nos problemas, crenças e necessidade de informação, identificados pelo próprio paciente.

Os jovens precisam muito mais do que fatos sobre sexo, eles precisam questionar, desenvolver a capacidade de tomar decisões, comunicá-las aos outros, lidar com os conflitos e defender as suas opiniões, mesmo que essas sejam contrárias às opiniões dos outros.

Por fim, o comportamento do adolescente é muito influenciado pela família, amigos, professores e principalmente pela mídia. Estes podem desempenhar um papel fundamental, e devem atuar aumentando a conscientização sobre as práticas que afetam a saúde do adolescente, como o abuso de drogas e de álcool e a prática do sexo inseguro.

Copyright © 2003 Bibliomed, Inc.                                        

fonte: http://boasaude.uol.com.br

#TabuSemSexo
#SexoSemTabu

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sexo Sem Tabu!

Sexo Sem Tabu
Tabu Sem Sexo.

Baseado em fatos reais, Tabu Sem Sexo pretende ser um blog de utilidade publica na troca de informações, duvidas, debates, questionamentos e trocas de  experiências.

Fugindo do velho conceito pergunta e resposta, o blog não vai estar aqui apenas para responder, mas para aprender com quem tem o que ensinar.

Blog aberto e disponível para todos.

Com o tema SEXO SEM TABU, pretendo abordar duvidas em geral sobre sexualidade e não somente isso mas também, sanar e tentar desmistificar todas as duvidas e mistérios sobre a AIDS!

AIDS:
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal, ou AIDS, mais comum no Brasil) é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).[1][2][3] Esta condição reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e deixa as pessoas suscetíveis a infecções oportunistas e tumores. O HIV é transmitido através do contato direto de uma membrana mucosa ou na corrente sanguínea com um fluido corporal que contêm o HIV, tais como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluido preseminal e leite materno.[4][5] Esta transmissão pode acontecer durante o sexo anal, vaginal ou oral, transfusão de sangue, agulhas hipodérmicas contaminadas, o intercâmbio entre a mãe e o bebê durante a gravidez, parto, amamentação ou outra exposição a um dos fluidos corporais acima. A aids hoje é considerada uma pandemia.[6] Em 2007, estimava-se que 33,2 milhões de pessoas viviam com a doença em todo o mundo e que a aids tenha matado cerca de 2,1 milhões de pessoas, incluindo 330.000 crianças.[7] Mais de três quartos dessas mortes ocorreram na África Subsaariana.[7]
A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental durante o século XIX e início do século XX.[8][9] A aids foi reconhecida pela primeira vez pelos Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 1980.[10]
Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença, não há atualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antirretroviral reduz a mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são caros e o acesso a medicamentos antirretrovirais de rotina não está disponível em todos os países.[11] Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organizações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na tentativa de retardar a propagação do vírus. Fonte: Wikipedia

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Em breve atualização semanal, e mais explicações sobre o que vem a ser o blog. Espero que tenham entendido e gostado. Duvidas, dicas, sugestões, criticas e qualquer coisa que possa agregar ao blog, por favor deixar nos comentários ou enviar um email para: tabusemsexo@hotmail.com

#sexosemtabu